Texto inicial: Josué 7:1-13
Há tantas coisas pra falar ao cristão, à igreja de Jesus, porque temos que refletir sobre isso? Talvez você diga: “A igreja tem tanta gente doente espiritualmente e de alma, tanta gente carente, pra quê falar sobre consagração? Pessoas precisando de uma palavra de conforto, de ânimo, isso é mesmo necessário ser falado?”
Entretanto, as pessoas não sabem que a consagração de suas vidas para Deus é a real solução para os dilemas e sofrimentos emocionais, materiais e espirituais da igreja de Cristo na terra. Tratar consequências do pecado é como dar remédio para dor, não resolve. O que tem de ser tratado é o pecado (cf. Sl.32:5).
Estão enganados todos os que confundem pecado com doença. Todas as enfermidades do corpo e da alma vêm por causa do pecado. Seja do pecado original ou do pecado pessoal de cada um (cf. Lm.3:39; Sl.38:3; 1Co.11:30; Mc.2:5). Todas as dores do mundo, todas as desgraças resultam do pecado da humanidade. Se há pessoas “mazeladas” na igreja não é tratando seus abalos emocionais ou suas dores de alma que as mazelas irão sucumbir, mas com um verdadeiro arrependimento e perdão que se estanca suas consequências (cf. Hb:12.14-17). E o maior pecado da igreja é este: “aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tg.4:17b). Por isso que muitos estão doentes. Que maior bem podemos fazer do que evangelizar alguém ou discipular quem se decidiu recentemente por Cristo?
A consagração visa justamente nos afastarmos do pecado e nos aproximarmos de Deus, visa nos levar a momentos com Deus, visa trazer uma quebra da rotina e da correria da vida para ficarmos com Deus, visa nos trazer saúde espiritual, que reflete na alma e consequentemente o corpo padecerá menos (cf. Jo.10:10).
A consagração é uma atitude responsável do cristão de diligentemente cooperar com a sua santificação pessoal. Falando sobre santificação, Berkhof (2011. P.531) escreveu:
É UMA OBRA DE DEUS NA QUAL OS CRENTES COOPERAM. Quando se diz que o homem participa na obra de santificação, não significa que o homem é um agente independente de ação, como se fizesse em parte a obra de Deus e em parte a obra do homem; mas apenas que Deus efetua essa obra em parte pela instrumentalidade do homem como ser racional, requerendo dele devota e inteligente cooperação com o Espírito. Que o homem precisa cooperar com o Espírito de Deus se deduz: (a) das repetidas advertências contra males e tentações, que claramente implicam que o homem deve agir dinamicamente no empenho para evitar as armadilhas da vida, Rm 12.9, 16, 17; 1 Co 6.9, 10; Gl 5.16-23; e (b) das constantes exortações a um viver santo. Estes fatos implicam que o crente deve ser inteligente no emprego dos meios a seu dispor, para o aperfeiçoamento moral e espiritual da sua vida, Mq 6.8; Jo 15.2, 8, 16; Rm 8.12, 13; 12.1, 2, 17; Gl 6.7, 8, 15.
Levando em conta o que já comecei respondendo aqui, poderemos concluir como resolvido todos os questionamentos feitos nos focando na passagem lida inicialmente. Vejamos: