sexta-feira, 31 de outubro de 2014

SOLUS CHRISTUS (somente Cristo)


Em homenagem aos reformadores e ao dia da reforma, deixo-vos essa mensagem:

“Reafirmamos que a nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediadora do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação, por si só, são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai. Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e em sua obra não estiver sendo invocada”.

Os reformadores confrontaram os pensamentos errados de sua época com base na Bíblia Sagrada. E nela encontraram que:

Apenas Cristo e somente Cristo pode trazer salvação ao pecador.
Salvação: restaurar o que a queda causou a humanidade (Cf. 1Pe.1.9,10; Gn.3.15). Pecador: Todos os humanos que nascem e vivem com uma natureza pecaminosa, que os faz transgredir a lei divina, desobedecer a vontade de Deus (Cf. Rm.3.23). Jesus, como homem e como Deus trouxe a salvação. Começando com a oferta de si próprio para a redenção (Tt.2.14).

Ele próprio declarou-se como:
Único caminho, verdade e vida (Cf. Jo.14.6); único que pode dar vida (Cf. Jo.15.5,6); único salvador (Jo.8.24). Reiterado por Pedro quando disse: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. (At.4.12).

Apenas Cristo e somente Cristo é o mediador entre a humanidade e Deus.
Jesus, na qualidade divina e humana, é o único que pode fazer verdadeiramente a intercessão entre as partes divergentes: Deus e humanidade. Houve muitos mediadores no Antigo Testamento, mas, nenhum deles puderam ser plenamente mediadores. Como eram apenas homens, não podiam ver e sentir como Deus a vida humana, não podiam permanecer no ofício, pois eram mortais. E na qualidade de homens, não eram perfeitos, por serem pecadores. Cristo porém, como homem perfeito e Deus verdadeiro, desvencilhou a continuidade de mediadores, sendo ele plenamente mediador de uma Nova Aliança (Cf. Hb.9.1-26; 10.1-18).

Apenas Cristo e somente Cristo é religião da humanidade para com Deus.
Sabemos que a palavra “religião” tem em sua etimologia o significado de “religar”. Como Lactâncio (séc. III e IV d.C.) afirmava que religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus. Agostinho de Hipona (séc. IV d.C.) reafirmou essa interpretação.

Cristo, e somente ele, é capaz de fazer com que o homem se chegue a Deus, não com suas obras ou esforços para conseguir voltar-se a Deus, mas, com a vida de Cristo. Como relata Paulo em Romanos 3.21-26; 9.16 e Efésios 2.8,9. Portanto, “religião” não é uma crença, ou uma denominação religiosa, “religião” é JESUS CRISTO.

Apenas Cristo e somente Cristo é suficiente para que alguém tenha o perdão de seus pecados.
A religiosidade ensina que é necessário fazer muitas coisas para que o pecado seja reparado. No catolicismo é necessário que o católico faça penitência por seus pecados, receba do padre os benefícios da igreja romana, e ainda após a morte, tem que passar por um lugar, espúrio à luz da Bíblia, chamado “purgatório”. No espiritismo é necessário que o espírita passe por várias encarnações para que seja purificado de seus pecados. Para o islamismo, a maioria dos mulçumanos aceita a idéia da existência do purgatório. Entretanto, o inferno não é para eles, mas para os não-mulçumanos. A idéia de pecado é meio fosca no islamismo. Afinal, Deus decreta o destino de cada ser humano. Deus não tem nenhuma obrigação moral, pois isto limitaria seu poder e soberania. Tudo acontece é porque Deus assim o quis. Deus é o autor do mal. Logo, não é muito correto Deus perdoar algo que ele mesmo criou, não é?

Com Jesus, tudo é diferente, ele chega para um paralítico e diz: “... Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados”. (Mt.9.2). O apóstolo Paulo assim escreveu: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. (Rm.6.23). É óbvio que o ser humano é autor de seus pecados e responderá por eles perante Deus. E não obterá o perdão. A não ser que se entregue a Ele: Jesus. E o tenha como seu salvador pessoal. As Escrituras assim dizem:


“Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo”. “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. “Eu lhes digo: quem me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus”. “E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo. Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele”. (Cf. Rm.10.9; Mc.16.16; Lc.12.8; 1Jo.4.14-16).