Você já parou para pensar sobre isso? O que levou homens e mulheres judeus a afirmar que Jesus é o Messias? O Cristo? Porque eles pregaram ser Jesus o Cristo?
Aquele citado por Moisés:
“O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás […] Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas.” (Deuteronômio 18:15,18-19 ARA).
Aquele citado pelos profetas:
“Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. Deleitar-se-á no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.” (Isaías 11:1-4 ARA).
Muitos fatos na vida dos primeiros seguidores de Jesus nos mostram que eles tinham mais razões para não pregarem Jesus o Cristo. Analisemos:
1) Como eles puderam sustentar a afirmação de que Jesus era o Cristo diante da própria morte?
Eles estavam com suas vidas entregue a morte. Tiveram toda a promessa do estado romano de serem soltos e não mais molestados caso negassem Jesus. Tiveram a oportunidade dos líderes religiosos de negarem Jesus e viverem. Com exceção de João (um dos doze que foi exilado), todos foram mortos por pregarem Jesus o Cristo. Como explicar pessoas morrerem por uma mentira? O que houve com eles para não negarem Jesus o Cristo diante da morte?
Segundo informações da história da igreja e do Novo Testamento: Pedro, André, Alfeu, Filipe, Simão e Bartolomeu foram crucificados, Mateus e Tiago Zebedeu morreram por espada, Tomé morreu transpassado por lança, Tadeu foi morto por flechadas, Tiago, irmão de Jesus, e Estêvão foram apedrejados, Paulo foi decapitado, e tantos outros anônimos morreram, e até o dia de hoje morrem por professar a fé em Jesus o Cristo. Mas, o que nos chama mais a atenção foram aqueles mais próximos, que força motivadora ou que fato notório e convincente que eles presenciaram para não negarem a Jesus o Cristo diante da morte? Não temos outra resposta senão pelo fato de Jesus ter se apresentado vivo, ressuscitado diante deles, e dele realmente ser quem ele afirmou que era e aquilo que o próprio Pedro, um dos doze, reconheceu e disse: “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16 ARA).
2) A crucificação de Jesus. Do que vale um Messias morto para um judeu?
O islamismo nega abertamente a crucificação de Jesus, se você abrir no Alcorão que, creio eu a imprensa mundial não sabe de nada no que nele está escrito, encontrará escrito: “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram”. (Surata 4.157). Todavia, o historiador judeu Flávio Josefo confirma o fato: “Por volta dessa época viveu Jesus, um homem sábio. Pois ele era capaz de proezas surpreendentes e ensinava as pessoas a aceitar a verdade com alegria. Ele conseguiu converter muito judeus e muitos gregos. Quando Pilatos, ao saber que ele havia sido acusado pelos homens mais influentes entre nós, condenou-o a crucificação, aqueles que o amavam em primeiro lugar não desistiram por sua afeição por ele. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não desapareceu até hoje”. (Antiguidades Judaicas, 18,63). Outras fontes são dignas de nota: “Este nome (christiani) vem de Cristo, que foi executado sob Tibério pelo procurador Pôncio Pilatus” (Anais, 15,44,3). E ainda: “Na véspera da festa de Páscoa suspenderam Ieshu. Quarenta dias antes gritou o arauto: ele será levado ao apedrejamento porque praticou feitiçaria e porque seduziu Israel e o fez apóstata. Quem tem algo a dizer em sua defesa que venha e o diga. Como nada foi apresentado em sua defesa, ele foi pendurado na véspera da festa de Páscoa…”. (Talmude Babilônico Sinédrio 43a).
Todavia, diferente do que os muçulmanos pensam, os apóstolos, os primeiros seguidores de Jesus eram judeus, e como tais, todos os judeus contemporâneos dos mesmos, esperavam um Messias libertador. Que os libertassem do domínio estrangeiro (Roma). Entretanto, Jesus de Nazaré foi humilhado, preso e morto. Conforme vimos nos relatos históricos supracitados além dos evangelhos e cartas paulinas que também falam sobre isso. Eles (os doze e os demais primeiros discípulos) não pensavam num Messias crucificado, morto. Eles esperavam um Messias governante político. O lamento dos discípulos em Emaús retrata este contexto: “Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.” (Lucas 24:21 ARA).
Na contramão dos céticos, a crucificação de Jesus não favorece o pensamento judeu da época dos seus primeiros discípulos de quem o Messias deveria ser. Sobre isso relata o historiador: “A ideia predominante era a de que a interferência divina seria concretizada através do Messias, a quem [o Eterno] escolhera – sua agência intermediária […] Outra concepção básica admitida por unanimidade pelo judaísmo era a de que a Era Messiânica acarretaria a submissão do mundo ao governo [do Eterno] e seu Eleito”. (H. E. Dana).
Muitos morrem por uma “boa causa”, todavia, a “boa causa” dos seus primeiros seguidores havia morrido. O que levou eles a recobrarem o ânimo e pregarem Jesus o Messias? Não existe outra resposta a altura deste questionamento senão o que relata os evangelhos, ele ressuscitou dentre os mortos após três dias da sua crucificação e apareceu vivo diante deles:
“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1 Coríntios 15:3-4 ARA)
3) O testemunho de Paulo, o fariseu e perseguidor da igreja. O que fez um homem dentro da religiosidade judaica e perseguidor da igreja se tornar o maior pregador dentre os primeiros discípulos e testemunha de Jesus o Messias?
Como explicar uma pessoa tão veemente contrária ao cristianismo repentinamente se tornar um pregador daquilo que ele detestava? Vamos conferir o seu próprio depoimento quando esteve perante autoridades romanas segundo o relato de seu companheiro de viagem: Lucas. Confira:
“Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno; e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam. Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigando-os até a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra eles, mesmo por cidades estranhas os perseguia. Com estes intuitos, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado. Ao meio-dia, ó rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos que iam comigo. E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões. Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim. Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judeia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento. Por causa disto, alguns judeus me prenderam, estando eu no templo, e tentaram matar-me. Mas, alcançando socorro de Deus, permaneço até ao dia de hoje, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, nada dizendo, senão o que os profetas e Moisés disseram haver de acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios.” (Atos 26:9-23 ARA).
Não temos outra coisa a fazer senão reconhecer que Jesus foi crucificado, morto e ressuscitado dentre os mortos. Está vivo e junto a Deus intercede por nós. O apóstolo Paulo foi testemunha de sua ressurreição, tanto que no relato de sua defesa de ministério apostólico interpela aos cristãos da cidade de Corinto:
“Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?” (1 Coríntios 9:1 ARA). Disso sabemos porque os apóstolos tinham essa característica singular da nossa época: a convivência com Jesus e ter presenciado sua ressurreição, conforme registrou Lucas:
“É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.” (Atos 1:21-22 ARA).
Jesus vive, e intercede por nós junto a Deus:
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,” (Hebreus 1:3 ARA)
“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.” (Romanos 8:34 ARA)
CONCLUSÃO
Pense nisso, antes de fazer qualquer julgamento sobre Jesus, procure fontes que tirem suas dúvidas primeiro e analise os fatos. Os primeiros discípulos não advogaram em causa própria, nem as circunstâncias colaboraram na direção de seus pensamentos. Antes foi tudo diferente do que eles pensavam, criam e viviam. O que fez eles pregarem Jesus ser o Messias foi transcendente a suas expectativas. Superior a linha de horizonte deles. Creia! Jesus é o Messias. Centenas de profecias do Antigo Testamento hebreu confirmam quem ele é. Confira depois em minhas fontes consultadas e certifique-se de que sua boca confesse a ele agora mesmo e em teu coração creia. O apóstolo Paulo disse:
“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Romanos 10:9-10 ARA).
A Deus toda glória!
Fontes consultadas:
Mais que um Carpinteiro. Josh McDowell. Sean McDowell. Editora Hagnos. 2012.
O Mundo do Novo Testamento. H. E. Dana. Editora JUERP. 1980.
Bíblia Almeida Revista e Atualizada – ARA.