Texto bíblico:
Mateus 12.43-45
A vida religiosa tem cada vez mais sido destacada pelas religiões mundiais. Há uma super valorização do mundo hoje do ser religioso. Enquanto que no passado próximo, na era moderna, a religião era algo desprezível, por ênfase que aquela geração dava à razão, hoje na era pós-moderna, a religião se tornou valorizada. Até os ateus sentem-se mais agnósticos do que propriamente “descrentes” ou “incrédulos”. Todavia, essa exaltação da religião não resolve o dilema humano de sua perca de comunhão com Deus.
Quando Jesus veio ao mundo, ele foi o plano e o propósito de Deus para
que a humanidade voltasse para Deus (Lc.19.10; Jo.3.16; 8.36). Todavia, foi a
religiosidade que mais atrapalhou Jesus. O contexto da passagem que cito aqui
nos revela isso. Onde os próprios religiosos acusavam Jesus de que ele estava
endemoninhado (idem v.24). Mas, Jesus lhes dar uma réplica revelando o lado
podre da religiosidade: o charlatanismo (idem v.27). Já conhecido por muitos e
relatado em At.19.13-15. O fato é que no texto que temos para ministrar vemos Jesus
se defender revelando os fracassos da religião e mostrando-se Ele próprio como
a solução para salvação, libertação, restauração do ser humano.
Jesus vai relatando em todo o seu discurso do contexto dessa mensagem
quem ele era, e que os religiosos estavam resistindo-lhe confiando em suas
próprias obras, temos como exemplo disso as frases: “Raça de víboras, como
podeis falar coisas boas, sendo maus?” (idem v.34). “Ninivitas se levantarão,
no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a
pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas”. (idem v.41). “A
rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque
veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está
quem é maior do que Salomão”. (idem v.42).
Quando chegamos ao texto onde vamos refletir, Jesus mostra aos religiosos
de sua época o quanto era inútil o exorcismo que faziam e o cuidado religioso
que tinham. Vejamos:
1) Não
confie na religiosidade, busque a verdadeira liberdade, que está em Jesus Cristo! "Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra". (v.43).
Sobre aquele “espírito” em que Jesus se referia
temos duas reflexões: a de que “o demônio” ao sair de um ser humano ele não se
conforma; e a de que “o modo de ser” daquela pessoa que era “imundo”, isto é,
“não purificado, sujo” se ausenta temporariamente por causa da imposição
religiosa. Mas, não se conforma com aquela mudança. (exemplo bíblico: Mt.3.8-10).
2) Não viva
de aparências, busque a Jesus como Senhor de tua vida, seja-lhe morada permanente. "Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada". (v.44).
Jesus cita o corpo humano como representação de uma casa
espiritual. Uma morada. E cita que aquele “espírito” (demônio ou modo de ser
pecaminoso) não se conformando por ter se retirado ele volta. Todavia, quando
esse espírito é expulso por uma mera religiosidade não tem sustentação de
liberdade por muito tempo. E logo voltará a mesma prática. E Jesus revela
porque isso ocorre: aquela casa é encontrada: “vazia”. Não tem dono, não tem
morador, não tem o Senhor. Embora, esteja “varrida e ornamentada”. Que é só
isso que a religião pode fazer. É inútil para operar uma verdadeira libertação
no ser humano. (exemplo bíblico:
Mt.7.21).
3) A
vida religiosa agrava mais ainda a escravidão do pecado, volte-se verdadeiramente para Cristo. "Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa". (v.45).
Assim, aquele “espírito” (demônio ou modo de ser
pecaminoso), retorna tudo outra vez e com um estado muito pior. Isso porque
houve apenas um cuidado exterior da casa: “varrida e ornamentada”. Mas, se
encontrava “vazia”. Aquele “espírito” (demônio ou modo de ser pecaminoso)
chama, atrai outros piores causando-lhe muito mais sofrimento e escravidão. (exemplo bíblico: Mt.9.16).