quinta-feira, 3 de julho de 2014

"JESUS VIRÁ” O QUE ISSO ENVOLVE?


Texto inicial: “Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata!”. (1Co.16.22).

O mundo quase todo celebra o natal. Que segundo alguns defensores da data, o natal é o dia que se faz lembrança ao nascimento de Cristo. Não entrando aqui no mérito dos equívocos: da data do nascimento de Cristo, e da exploração comercial e ecumênica que é feito nessa data, onde Jesus quando não passa de um menino que nunca cresceu ou cai na subjetividade de um mero nascimento da esperança. Também, não com a mesma proporção, uma parte do mundo celebra a páscoa. Que segundo alguns defensores da data, a páscoa faz lembrança a morte de Jesus Cristo. Não entrando aqui no mérito da questão: páscoa judaica ou páscoa católica. Ou na questão do quê os evangélicos têm haver com isso. O fato é que pouco ou quase nada se fala ou se ensina hoje de que Jesus está vivo e deixou promessas claras que voltaria. Podemos conferir a princípio três versos onde temos a constatação desse evento: João 14.1-3; 1Coríntios 11.26 e Atos 1.10,11. A Bíblia apresenta quatro pilares fundamentais da fé cristã: Criação, Queda, Redenção e Consumação. Falar da volta de Cristo é falar desse último pilar da fé: a consumação. Não é por acaso que Jesus diz no livro do Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim”. (idem 22.13). 

Portanto, podemos e devemos falar mais da volta de Jesus. E proponho uma pergunta bem sugestiva: “Jesus virá”, o que isso envolve? Creio que a resposta dessa pergunta nos ajudará bastante a entendermos, amarmos e esperamos a vinda de Jesus Cristo.

1 – Envolve a ressurreição dos mortos (1Co.15.1-19; 20-26; 35-49);

Falar que Jesus virá novamente envolve ressurreição dos mortos. A Bíblia nos fala que quando Jesus vier, ele ressuscitará os mortos (cf 1Ts.4.13-18). O apóstolo Paulo começa nesse capítulo 15 fazendo uma apologia sobre a ressurreição de Cristo. Pois, os cristãos de Corínto, por serem gregos, tinham dificuldades de aceitar o ensino da ressurreição dos mortos devido a filosofia grega chamada “dualismo”. Pensamento filosófico que dividia o bem e o mal entre espiritual e material. Isto é, o bem abrangia todo o lado espiritual e o mal: todo o lado material. Assim, o que os apóstolos afirmavam sobre ressurreição, que é o corpo material voltar a viver, desafia a crença grega de que a matéria era má. Por isso Paulo faz apologia a ressurreição dos mortos do verso 1 a 19 com base na ressurreição de Cristo.

Do verso 20 a 26 ele passa a explanar sobre a ressurreição. O objetivo, e ordem da ressurreição: primeiro Cristo, depois nós. A origem da morte em Adão e a origem da ressurreição em Cristo. Morte por conseqüência do pecado de Adão; ressurreição por conseqüência da obediência de Cristo. Como somos pecadores o tanto quanto Adão, só temos como opção a morte. Porém, Cristo, em sua abundante graça nos oferece ressurreição por sua obediência. E Deus, o Pai, aceitou a oferta:

“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”. (Rm.4.25). A morte de Jesus se tornou vicária para nossa justificação (em meu e teu lugar) e a ressurreição de Jesus se tornou a aceitação divina.

Do verso 35-49 Paulo conclui detalhando a ressurreição. Que assim como há corpo natural haverá corpo espiritual. O homem terreno e o homem espiritual. Tudo com base em Adão e Cristo.

Reflexão: Você crer na ressurreição? Em Rm.10.9 Paulo fala de um confissão de fé com base na ressurreição de Cristo. E que essa confissão implica na salvação. Pois a ressurreição de Cristo é a confirmação de que Deus nos perdoou e justificou. Se você não crer na ressurreição, não crer no perdão e nem na justificação dada por Deus em Cristo. Alguns cristãos de Corínto acreditavam nas confissões de fé do cristianismo como os demônios acreditavam (Tg.2.19). Apenas por convencimento, e nunca por submissão a Deus. Permanecem rebeldes ao santo ensino. Você aceita a morte e confia que Cristo te ressuscitará? Essa confiança na tua ressurreição está baseada em tuas obras ou na obra de Cristo? (Rm.9.16 e 3.23-26).

2 – Envolve: juízo e condenação de Satanás, seus anjos e da humanidade ímpia (Ap.20.6 cf c/ Rm.6.23 e Ap.20.14b);

Falar que Jesus virá novamente envolve também o JUÍZO de Deus (cf 2Pe.2.9). Porém, o cristão verdadeiro não passará por isso (cf Rm.8.1). Pois creu no juízo de Deus que foi posto sobre o próprio filho em seu lugar (cf Gl.3.13). O JUÍZO de Deus vai ser algo que foge a nossa compreensão de pavor e condenação. Logo em sua vinda a Bíblia nos diz que Jesus virá: “em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder”. (2Ts.1.8,9). A Bíblia fala que quando Cristo vir ele julgará os segredos do coração humano (cf Rm.2.16). Ele virá com grande ira contra a maldade humana (cf Ap.6.12-17). Deus julgará a humanidade com base no livro da vida (cf Ap.20.15). Sem Cristo, a humanidade não terá como constar seus nomes no livro da vida (cf Êx.32.33). Serão julgadas as obras da carne praticadas pela humanidade (cf Gl.5.19-21; 1Co.6.9,10 e Ap.21.8).

Reflexão: Você já se entregou a Cristo? Você está em Cristo (cf 2Co.5.17)? Seu nome está escrito no livro da Vida porque você acha que faz o bem ou porque você aceita o que Cristo fez por você? Quantas pessoas você conhece e ainda não creram na mensagem do evangelho de Jesus e nem se entregaram a Jesus? Você ora por essas pessoas? O que você tem feito para que essas pessoas conheçam o evangelho da graça de Cristo?

3 – Envolve: o fim do reino humano e das conseqüências do pecado (Ap.21.1-8).

Falar que Jesus virá novamente envolve finalmente falar do FIM. O ômega de Deus! A Bíblia fala do fim do mundo ou do reino humano. Não um fim e acabou-se. Mas, de um fim necessário, para que comece um novo mundo com um reino divino e não mais humano (2Pe.3.10-13). Desde que a humanidade caiu no pecado, Deus reinou por meio de autoridades delegadas (cf Rm.13). Mas, quando Cristo vier, Deus reinará diretamente a humanidade. O pecado não terá mais seus efeitos, onde Paulo escrevendo disse: “O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (1Co.15.56). Ele compara o pecado ao “aguilhão” (do grego “ketron”): picada como de abelhas, de escorpiões, como de animais que ferem com ferroadas e que levam a morte. Todavia, quando Cristo vier o pecado será removido (idem v.55).

É com base em tudo isso que o apóstolo João escreve Ap.21.1-8. Ele começa vislumbrando o futuro dizendo: “Vi novo céu e nova terra...”. Falar da vinda de Jesus envolve isso. O fim do velho mundo e do universo que conhecemos. Deus reinará sobre a humanidade pessoalmente. Por isso João escreveu: “... Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (v.3). Na vinda de Jesus não haverá mais sofrimentos, nem morte, nem enfermidades. João escreveu: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. (v.4). João diz que “O vencedor herdará estas coisas”. Quem é o vencedor? Aquele que é nascido de Deus e tem a fé dada por Deus e que vem pelo ouvir Palavra de Deus (1Jo.5.4, Ef.2.8 e Rm.10.17); aquele que crer que Jesus é o filho de Deus (idem v.5) e finalmente, como Paulo disse: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Fp.3.13,14).

Reflexão: Você é nascido de Deus? Você estacionou na fé ou persevera no caminho? Você anda olhando para trás? Você está dispondo a aceitar desde agora o reino de Deus sobre a sua vida? (cf Mt.6.10). Ou você quer reinar e controlar sua vida?