segunda-feira, 5 de abril de 2010

VOCÊ ESTÁ CELEBRANDO O TEU PENTECOSTE?


Texto inicial: João 15:8,16

O Pentecoste ou “Festa das Semanas” ou “Festa da Colheita”, é uma festa judaica que tinha a duração de 50 dias a partir da Páscoa. A principal característica desta festa era o agradecimento a Deus pelos frutos da Terra. Onde os israelitas traziam suas ofertas ao Senhor nosso Deus (YHVH). Em Deuteronômio 16:10-12, 16, 17 registra essa ordenança do Eterno para o seu povo celebrarem a ele com ações de gratidão.

O fato é que Deus estabeleceu todas essas celebrações, bem como ritos e sacrfícios, prefigurando aquilo que faríamos espiritualmente depois de Cristo. Essas “sombras das coisas que haviam de vir”, como diz o apóstolo Paulo, (Cl.2:16,17) refere-se ao significado espiritual que hoje essas coisas trazem para o cristão.

Assim, temos vários frutos hoje que podemos apresentar ao Eterno celebrando o nosso pentecoste: o fruto do trabalho (dízimos e ofertas, ver Ml.3:10); o fruto do Espírito (Gl.5:22,23); o fruto da tribulação, perceverança, experiência e esperança (Rm.5:3,4); o fruto da disciplina (Hb.12:11); o fruto do evangelho (evangelismo e discipulado, ver 1Jo.2:1).


Tem gente que fica esperando morrer para apresentar alguma coisa a Deus. Porém, o nosso Deus é Deus dos vivos e não dos mortos. Lá no céu não tem evangelismo, discipulado, tribulação, paciência, fidelidade, temperânça, disciplina, dízimo e ofertas. Você tem que dá-los agora. Hoje! O pentecoste é para ser oferecido na vida e não na morte. "Os mortos não louvam ao Eterno, nem os que descem a região do silêncio". (Sl.115:17).

Algumas reflexões do texto de Deuteronômio 16 que citei aqui precisam ser feitas:

O fruto tem que ser seu, foi dádiva de Deus e deve ser ofertado voluntariamente (v.10);
Não adianta você querer apresentar para Deus algo que não é fruto seu. Ofereça a Deus o seu fruto. Você só celebrará um pentecoste a Deus com teus frutos; reconhecendo que foi Deus quem os deu. E fazendo isso voluntariamente.

Tudo isso tem que ser celebrado com alegria (v.11);
Se você faz algo para Deus só porque os outros estão lhe ordenando a fazer ou porque você não dar dos teus frutos, mas dos outros. Use do seu fruto e celebrarás com alegria. Um peixe que quer voar não será feliz e nem um passaro que que viver no fundo do mar também. Dê daquilo que o Eterno te deu e assim trarás para ele um pentecoste de alegria. O Rei Davi não se sentiu bem quando lhe deram da armadura de Saul, mas quando a largou e usou das armas que Deus o havia dado ele pode sentir-se seguro e enfrentar o seu desafio e vencer.

Lembremos que quando eramos escravos do pecado produzíamos frutos (v.12);
O presente verso faz alusão ao passado dos judeus onde eles frutificavam, mas não para eles. E agora deveriam apresentar seus frutos ao Eterno. Assim, quando escravos do pecado  e do mundo produziamos suas obras, agora, como cristãos separados do mundo e livres do poder do pecado. Devemos apresentar frutos para glória de Deus.

A cada quadrimestre devemos avaliar se temos produzido frutos para Deus (v.16);
Infelizmente muitos cristãos só deixam para refletirem sobre seus frutos quando chegam ao final do ano. Em Israel, três festas ligadas ao apresentar algo para Deus eram celebradas, conforme vemos no verso citado. Se fossemos dividir os nossos 12 meses para essas três festas, teríamos três quadrimestres para que apresentássemos nossos frutos e atos de gratidão ao Eterno, onde passaríamos a pensar nisso não uma só vez do ano. Temos a nossa ceia mensal, onde devemos fazer este questionamento: você está celebrando o teu pentecoste?

Deus concede as bençãos para que possamos dar frutos segundo sua medida (v.17).
Não fique pensando que Deus te deixa só nisso tudo. Pelo contrário, ele já te abençoou para que você dê fruto. Sua vida é alvo das bênçãos de Deus. Nenhum ser humano foi excluído do cuidado e do amor de Deus para com isso. Você tem frutos dados pelo Eterno, o que resta saber é se você vai trazê-los para celebrar o teu pentecoste ou tu vai morrer com eles.