sexta-feira, 11 de maio de 2012

A REVELAÇÃO DE DEUS


Quando falo em revelação de Deus não me refiro ao “dom de revelação” costumeiro no pentecostalismo (ler 1Co.14.6,26,30). Refiro-me ao ato divino de se revelar para a humanidade. Dar-se a conhecer.


Segundo Jesus, ele disse para a mulher Samaritana que “Deus é espírito” (Jo.4.24). Isso quer dizer que se Deus não decide se revelar, jamais o conheceríamos, uma vez que ele é espírito. E nós, habitamos em um mundo material e somos em parte seres materiais.


A revelação de Deus tornou-se necessária porque segundo o relato bíblico, fomos expulsos da sua presença por meio de Adão e Eva (ler Gn.3.23,24).


Depois que o homem veio a se multiplicar sobre a face de toda a terra, em suas diversas raças que Deus fizera de uma só vez por meio de Adão e Eva (ler At.17.26), fez vir o dilúvio sobre a terra (ler (ler Gn.6.5-8) e posteriormente confundiu as línguas em Babel (Gn.11.1-8). Desde então, tudo se tornou um mistério para o homem: O universo, Deus, a vida, o mal, etc., como o apóstolo Paulo fala: “o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos”. (Cl.1.26). Esse mistério manifestou-se àqueles que Deus separou (santificou) para que se desse a conhecer. Todavia, Paulo também declara que Deus se revela na criação conforme relata em Rm.1.19,20. Embora de maneira atributiva.


Pode ter certeza, se o criador não decide se revelar, jamais nós o conheceríamos. Portanto, a revelação de Deus começa pela manifestação de Deus a Abraão. Diz a Escritura:


“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gn.12.1-3). Embora o criador tenha tido manifestações ou revelações anteriores a Abel, Enoque e Noé, todavia não foram manifestações com intuito de se dar a conhecer ou de redimir a humanidade. É em Abraão onde tudo começa.


O CASAL ELEITO
Abrão e Sarai, um casal, uma futura família onde Deus concretiza a sua palavra dita no Éden: “”. (Gn.3.15). Quando se refere ao descendente da mulher, de Eva. Essa expressão vem o hebraico “zera” que quer dizer “semente, semeadura, descendência”. Deus declarou que colocaria uma inimizade entre ambas as descendências: a de Satanás - aquilo que ele tinha produzido no Éden com a tentação e queda do homem, a natureza pecaminosa. E a do filho de Deus, que viria ao mundo trazendo uma nova natureza. Diferente, oposta, santa e justa. E esse plano começou e Abrão.


A CRIAÇÃO DIVINA DE UMA NAÇÃO
O criador não foi atrás de uma mulher rapidamente para trazer a semente de seu filho. Não! Ele primeiro cria uma família: Abraão e Sara, e por meio deles cria uma nação: Israel, com doze tribos (doze bisnetos). Em seguida, entre essas tribos escolhe uma família real ou da realeza: Davi, da tribo de Judá. O Filho de Deus veio como descendente de Davi. Chamamos esse processo de DESENROLAR DO PLANO DE DEUS. Como um pergaminho sendo aberto. E em todo esse processo, temos a REVELAÇÃO DE DEUS. Nisso surgem os profetas para profetizarem as palavras de Deus, os escribas e servos de Deus para escreverem e registrarem os atos e maravilhas do Senhor. Para que a posteridade pudesse conhecer a Ele, ao criador de todas as coisas.


Vejamos algumas citações dessa revelação:


“Fez sair o seu povo como ovelhas e o guiou pelo deserto, como um rebanho”. (Sl.78.52).


“Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio”. (idem 100.3).


“Deus fez sobremodo fecundo o seu povo e o tornou mais forte do que os seus opressores”. (idem 105.24).


“àquele que conduziu o seu povo pelo deserto, porque a sua misericórdia dura para sempre”. (idem 136.16).


“Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito. Abre bem a boca, e ta encherei”. (idem 81.10).


“Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas”. (idem 105.2).


“Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!”. (idem 147.19,20).


“Repreendeu o mar Vermelho, e ele secou; e fê-los passar pelos abismos, como por um deserto”. (Sl.106.9).


Se você ler a narrativa de Atos dos Apóstolos capítulo 7, verá as palavras do primeiro mártir da igreja: Estevam. Perceberá que fala de todo o plano da revelação de Deus. Começando por Abraão e conclui em Jesus Cristo. O filho de Deus.


Chegando a Jesus, a revelação plena de Deus (Cl.1.15; Jo.1.18), as Escrituras nos dizem: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,  nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”. (Hb.1.1-3). Bem como confirma todo o registro anterior a Cristo, feito pelos servos e profetas:


“... homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. (2Pe.1.21).


“Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. (Rm.15.4).


“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. (2Tm.3.16).


Por volta do ano 95 d.C., o Senhor Jesus aparece a João. Aquele de quem falou a Pedro junto ao mar da Galiléia: “Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me”. (Jo.21.22). Anos depois de dita essas palavras, Pedro morre em 68 d.C., mas João recebeu em sua prisão em Patmos a visita de Jesus, e narrou o que viu e ouviu em Apocalipse 1.10-19.


DEUS SE REVELA HOJE COMO FEZ NO PASSADO?
Não, a revelação de Deus se encerra em seu filho Jesus, na figura humana aos apóstolos e muitos em Israel e na figura celestial, em particular, a João em Patmos. Onde Ele encerra essa revelação e toda a revelação divina dizendo:


“Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. Quando esteve em forma humana, ele disse: “A Lei e os Profetas vigoraram até João [Batista]; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus...”. (Lc.16.16).


Atualmente a revelação de Deus acontece de forma íntima aos eleitos através da comunhão com ele em oração, adoração, meditação e estudo da Palavra de Deus. Essa revelação não visa trazer nada de novo a não ser aquilo que está escrito na Bíblia, a Palavra de Deus. Para entendermos o Deus da Palavra, precisamos conhecer a Palavra de Deus. E é por essa Palavra que temos fé (Rm.10.17) e nos santificamos (Jo.17.17).


A revelação de Deus tornará a acontecer, e iniciará como muitos sinais no céu, na terra, no mar, entre os homens, entre o povo de Deus, até culminar no aparecimento de seu Filho Jesus Cristo, manifestando-se ao mundo de forma gloriosa:


“porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem”. (Lc.17.24).


“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”. (Cl.3.4).


“e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder”.  (2Ts.1.7).


“Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória”. (2Pe.5.4).


“Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”. (1Jo.2.28).


“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”. (idem 3.2).


“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória”. (Mt.24.30).

A paz de Jesus aos leitores em:

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