sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

DESENVOLVENDO A IGREJA DE CRISTO NATURALMENTE











Texto sugestivo:
"... E todos os dias acrescentava o Senhor, à igreja, aqueles que se haviam de salvar". (Atos 2.47).

Quando olhamos para a igreja do início, percebemos que o que menos se preocupavam é o que mais nos preocupamos hoje. E o que mais se preocupavam é o que negligenciamos atualmente. O Senhor cuidava de trazer as vidas para serem salvas e os seus discípulos cuidavam de serem “sal” e “luz” do mundo. E nesta harmonia andavam em busca de cumprir a missão: testemunhar de Jesus.

Não quero entrar aqui no mérito do crescimento de pessoas forçadamente com estratégias de marketing, técnicas empresariais ou no apelo neopentecostal para que as instituições dobrem de número o rol membros. Isso só me lembra os anabolizantes e asteróides que jovens imaturos usam para ficarem fortes de um dia para outro. Eu quero falar aqui de um crescimento e desenvolvimento “natural” da igreja de Cristo.

E assim vamos por pontos. A igreja se desenvolve naturalmente:


1) Quando tem paixão para servir (Cl.3.23,24):
Quando o foco é um desenvolvimento natural, não importa "o quê" você faça ou "quanto" está fazendo. Mas "como" você faz. Isso levará cada cristão a si importarem menos consigo e mais com o reino de Deus. Pois para ele não importa "o quê" ou "quanto" você faça, mas "como" se está fazendo a sua obra. E vamos prestar contas disso com ele.

2) Quando se preocupa com o crescimento das pessoas (Cl.1.9-12):
Não podemos inverter o processo. O crescimento de pessoas virá naturalmente e consequentemente ao crescimento das pessoas. Se não temos pessoas melhores, santas, honestas, convertidas entre nós, talvez tenhamos um crescimento de pessoas, mas não pelo desenvolvimento natural. Se não há crescimento das pessoas, não haverá crescimento natural de pessoas.

3) Quando se vive cada momento intensamente (Ec.3.9-15; 5.18):
“O passado é história. O presente é dádiva de Deus. E o futuro pertence a Ele”. Já me disse um pastor amigo meu que conheceu uns missionários do exterior que lhe ensinaram isso e compartilhou-me de melhoras de sua saúde mental e espiritual em virtude disso. Quando nos prendemos com o passado não progredimos. Quando fazemos do nosso presente uma murmuração perdemos a bênção de ser gratos e somos impedidos de ver algo de bom. E quando transformamos o futuro em ansiedade colocamos grandes fardos pesados em nossos ombros. Agora, imagine uma igreja assim se desenvolver! Deixemos o nosso passado na história, vivamos o presente com toda alegria e gratidão e entreguemos o nosso futuro nas mãos do criador de todas as coisas. Repito “todas as coisas”. Inclusive de nosso futuro.

4) Quando os relacionamentos se aperfeiçoam (Pv.27.17; 1Jo.2.5):
As pessoas não são perfeitas e também não são iguais. O aperfeiçoamento vem com a maturidade no trato recíproco. Mudar de congregação só por causa de relacionamentos mal resolvidos não produz desenvolvimento natural em uma igreja. Todas as igrejas que representam o corpo de Cristo devem pensar nisso. Todos os cristãos devem rever seus conceitos de relacionamento a luz das Escrituras Sagradas. Assim teremos um desenvolvimento natural. Pois o que vemos muito são casos de pessoas migrando de uma igreja local para outra. Desse jeito as igrejas podem até crescerem, mas artificialmente.

5) Quando há inteireza de coração (Mt.22.37):
Vivemos uma época cristã do tipo “meio” alguma coisa: meio crente, meio salvo, meio santo, meio congregado, meio servo, meio convertido, meio no céu, meio espiritual, meio dizimista e etc. Lembremos da igreja de Laodicéia (Ap.3.15). E não sigamos seu exemplo. Uma igreja que desenvolve naturalmente é uma igreja que seus membros estão de coração inteiro na obra do Senhor; amam e servem a ele de “todo” coração.