segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ESPIRITUALIDADE

















É uma qualidade do que é espiritual. Místico, devoto, religioso, que diz respeito a vida espiritual. Aquele que é dado a vida contemplativa e espiritual.

O espiritualismo é uma doutrina filosófica que tem por base a existência da alma e de Deus. Uma tendência para a vida espiritual. Oposta ao materialismo, que não acredita na substância imaterial.

A espiritualidade está em todas as camadas da sociedade. Em toda parte presenciamos manifestantes devotos ou seguidores de alguma crença. O mundo hoje tem mais espiritualistas do que materialistas.

São mais de 10 mil seitas no mundo. Que nascem direta ou indiretamente das 11 grandes religiões mundiais: Judaísmo, Cristianismo, Budismo, Islamismo, Hinduismo, Xintoísmo, Confucionismo, Zoroastrismo, Sikhismo, Jainismo e Taoísmo.

Hoje temos religião para todo gosto. As pessoas estão “apelando”. Existe um grupo em Paris, França, que cultua a cebola. É isso mesmo. Estamos falando de um legume, considerado pelos adeptos como “bulbo divino”. Na Austrália existem mais de 70 mil pessoas que declaram ser seguidoras de Jedi. A religião foi criada baseando-se nos filmes de Star War, o famoso “Guerra nas estrelas”. Em 1998, na Austrália, foi fundada a “Igreja Presleyteriana”. Verdadeiros idólatras de Elvis Presley. A home page do grupo mostra desde testemunhos de graças recebidas de adeptos até os 31 mandamentos de Elvis.

FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O SEU CRESCIMENTO


Fome de Deus
Acredito que o maior fator contribuinte para o grande destaque de espiritualidade no mundo hoje é a “fome de Deus”. O ser humano foi criado para Deus. As Escrituras nos declaram isso: “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas...”(Rm.11.36 NVI). “... todas as coisas foram criadas por ele e para ele.”(Cl.1.16 NVI). Quando o homem falha neste propósito para qual ele foi criado acontece uma avalanche de questionamentos em sua vida que o consumirá por dentro. O suco gástrico faz exatamente isso quando não colocamos comida. E para aliviar a dor do vazio da alma ele jogará qualquer coisa “espiritual” para dentro.

A queda do Comunismo Marxista
Com a queda da chamada “cortina de ferro”. O ateísmo de Karl Marx se foi junto. Então o mundo ex-comunista/socialista foi invadido pela espiritualidade. Anteriormente o ateísmo era ensinado nas escolas e inculcado nos cidadãos que viviam sob essa orientação ideológica desde a mais tenra idade. De repente, com a entrada da democracia, do capitalismo, da liberdade religiosa, do consumo e o com o fracasso do materialismo as pessoas aderiam a religião de quem primeiro batia em suas portas. Partindo assim para uma espiritualidade a qualquer custo.
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Problemas sociais
Muitos estudos, pesquisas, idéias, projetos, foram feitos para a solução dos problemas sociais. Que são bastante conhecidos por nós. Devido ao fracasso destas “soluções”, o homem tem percebido que estes problemas estão acima da ciência e fora de seus limites. Partindo então para o lado místico. Tomemos por exemplo um dos problemas sociais: o alcoolismo. O órgão mais conhecido e respeitado no mundo, chamado Alcóolicos Anônimos (A.A.). Na revista “Vivência”(pág.5,6), faz o seguinte comentário do livro “Alcóolicos Anônimos”: “...convencidos de que para o alcóolico desesperado há somente uma saída – a expulsão de sua obsessão, graças a um Poder Superior.... Em nenhuma parte do livro se faz mais evidente a tolerância e a abertura de mente do que no tratamento desse assunto central, do que depende a cura de todos esses homens e mulheres... recomendam que seus participantes sigam algum caminho espiritual...” Não é diferente no trato com as drogas, guerras, suicídio, homicídio, fome, miséria, doenças mentais, neurológicas, terminais e etc.
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Uma Invasão do Oriente
Em virtude dos fatores que contribuem com o crescimento da espiritualidade citados acima. Há um fenômeno ocorrendo em nossos dias que chamamos de “invasão do oriente”, causando uma verdadeira “febre esotérica” que tem repercutido muito em nossa mídia. Não só o mundo ocidental parece querer absorver sem qualquer critério tudo o que vem do oriente como também os próprios orientais divulgam suas filosofias e conceitos religiosos com uma dedicação quase missionária. Já dizia em 1935 o historiador Will Durant que enquanto o Oriente absorve a ciência ocidental o Ocidente recorre cada vez mais a filosofia oriental. Palavras orientais como: nirvana, reencarnação, carma, ioga, Krishna, mantra, zen, etc., se tornaram comuns em nossos dias. Bem como a medicina alternativa como exemplo a acupuntura. Antiga prática chinesa de estimulação com agulhas, baseada na religião do Taoísmo. Em suma, acredita-se que estimulando certos pontos com agulhas é permitido que a energia cósmica do universo (chi) flua livremente através dos órgãos e sistemas do corpo, mantendo a saúde.
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Falsos fundamentos da verdade
E por fim, existem muitos fundamentos que atuam contribuindo com o crescimento da espiritualidade no mundo. Infelizmente, nesta corrida por uma espiritualidade, as pessoas acabam se apoiando em falsos fundamentos. Não percebem onde depositam sua confiança, daí se envolvem em uma espiritualidade enganosa. Contudo, a palavra de Deus nos resguarda orientando: “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte.” (Pv.14.12 NTLH). “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo.14.6 ARA). “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.” (1Jo.1.1 ARA). “Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vêm da sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que dominam o Universo e não de Cristo.” (Cl.2.8 NTLH).
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Em quê está a sua confiança?

NA QUANTIDADE? Os que se baseiam nisso acreditam que por serem a maioria ou minoria os torna donos da verdade. Entretanto, julgar uma crença pelo número de adeptos é medi-la com um padrão extremamente falível. A fé verdadeira não pode se apoiar na adesão de poucos ou muitos. Seguir multidões não é sinônimo nem antônimo de está com a verdade.

NA ANTIGÜIDADE? A antigüidade de uma crença jamais será garantia de sua veracidade. O politeísmo é quase tão velho quanto a humanidade, mas isso não o torna aceitável. Astrólogos e reencarnacionistas gostam de apoiar-se sobre esse fundamento, vangloriando-se de suas práticas em vestígios mesopotâmicos e egípcios. Mas a verdade não vive de múmias. Os antigos podem estar tão errados quantos os modernos. Tanto o passado como o presente são fundamentos frágeis.

NO SUCESSO? O sucesso transformou-se na palavra do momento, capaz de justificar qualquer comportamento e validar qualquer conceito. As pessoas estão dispostas a aceitar qualquer ensino – mesmo o evangelho, se este as levar ao sucesso imediato. Se uma pessoa teve sucesso na vida, então tudo o que ela diz deve ser verdade. Mas se alguém não é bem-sucedido, segundo os padrões seculares atuais, então o que ele ensina deve ser descartado em favor de outro ensino melhor. Entretanto isso não significa que alguém bem-sucedido pode tornar qualquer coisa verdadeira. Pessoas de sucesso podem estar avançando por caminhos que não pertencem a Deus. Nem toda a fama de Paulo Coelho pode dar validade ao conteúdo de seus livros.

NO AMOR? É perigoso colocarmos o amor como fundamento da verdade. O amor ao próximo impressiona de tal forma que muitos pressupõem que se alguém prega o amor e faz bem ao próximo então seu ensino deve definitivamente ser verdadeiro. Na verdade, o amor ao próximo deve ser estimulado e praticado, mas ele não confirma qualquer doutrina. Todos os que servem a Deus devem ser caridosos e falar do amor, mas nem todos aqueles que possuem aparência de caridosos e falam de amor servem a Deus. O amor não é equivalente à verdade, embora os dois tenham de andar juntos.

NA SINCERIDADE? Muitas pessoas seguem sinceramente uma crença. Mas isso não prova que estão com a verdade. Seguir sinceramente uma religião não faz este ou aquele uma pessoa redimida ou que esteja no caminho certo. O Apóstolo Paulo achava que estava sinceramente certo ao prender àqueles que ameaçavam sua religião(At.9.1-5). Embora a origem daquela determinada crença seja duvidosa ou enganosa existem pessoas que seguem sinceramente. Mas este tipo de comportamento não torna determinada religião ou crença ou divindade verdadeira. Não é pelo fato de uma crença ter seguidores que prova ser ela verdadeira.

NA BELEZA? Hoje, o mundo procura um deus estético, e não um Deus ético. Todos querem uma religião de aparência, que pareça bonita, sem se importar se ela é verdadeira ou não. Trocam facilmente o conteúdo pela forma. Nem tudo o que é belo é necessariamente bom e verdadeiro. Nem tudo que é verdadeiro tem de ser necessariamente belo, mas com certeza é bom. Não podemos esquecer que aquele que afirmou ser a Verdade, quando esteve entre nós, “...não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos.”(Is.53.2)

NA AGRADABILIDADE? As pessoas têm a tendência de “adocicar” a mensagem que pregam para não repelir os ouvintes, e fazem isso extraindo do seu conteúdo elementos que possam causar algum desconforto. É uma atitude perigosa, e pode comprometer tanto o que ensina quanto o que ouve. Não que a verdade seja um monte de espinhos ou que tem por obrigação incomodar as pessoas. Um Deus que julga, condena e castiga o pecado tem-se tornado cada vez mais impopular. Mas apegar-se a um ensino só porque traz conforto e nenhuma repreensão é correr grave risco. Deus é bom, mas é justo. Abraçar sua bondade e rejeitar sua justiça tem sido a atitude de muitos.

NA ERUDIÇÃO? As palavras erudição e verdade não são sinônimas. Porque alguém saiba muito não significa que saiba a verdade. É muito fácil se impressionar com a cultura de uma pessoa e achar que pelo seu grande conhecimento ela deve estar certa em suas afirmações. O pensamento científico, visto como árbitro de todas as afirmações, já defendeu enormes absurdos. Nomes importantes da filosofia (Marx, Engels e Nietzsche) ao longo da história seus ensinos se mostraram falsos e destrutivos. Os cristãos da cidade de Beréia no registro de Atos 17.10,11 receberam de bom grado a pregação de Paulo e Silas, dois homens de Deus, mas não deixaram de examinar nas Escrituras para ver se o que falavam era de fato verdadeiro.

EM MILAGRES? Muitas pessoas classificam esta ou aquela religião como verdadeira pelos milagres que esta produz. Apesar de conhecermos na Bíblia manifestações de Deus com milagres não podemos tomar isso como fundamento da verdade. Porque Satanás faz prodígios e maravilhas também que podem enganar até os escolhidos; também vemos pelo testemunho da Bíblia Sagrada que os milagres, na maioria deles, não produziram conversões, apenas interesses e acomodações no povo. Veja como exemplo o povo de Israel no deserto. Recebia maná do céu, água da rocha. Mas não entraram na terra prometida. Temos também: faraó do Egito, no período do êxodo judeu. A Bíblia nos informa que Deus enviou dez pragas, contudo não trouxe conversão ao seu coração. E ainda: na historia do rico avarento e do Lázaro temente a Deus. Quando o rico estava no inferno suplicando que o patriarca Abraão mandasse Lázaro aos seus familiares. O patriarca respondeu: “... Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. (Lc.16.31b),

CONCLUSÃO
Realmente o homem não pode viver sem Deus. Entretanto a busca de Deus deve ser criteriosa. Nem todos os caminhos levam à Deus. Nem todas as portas chegam à mesma sala. Nem todas as árvores produzem o mesmo fruto. Também não é opção fazer a nossa própria religião. Este tipo de comportamento tem sido culpado do grande número de seitas e religiões que existem no mundo. Entretanto, disse Jesus: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam”. (Jo.15.1-6).

Assim disse o apóstolo Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". E Jesus lhe respondeu: "... sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". E o apóstolo Paulo ratificou: "... ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo". (Mt.16.16,18; 1Co.3.11).

Fontes de pesquisa:
Revista Defesa da Fé No 72 pág.12 – editora ICP
Revista Defesa da Fé No 50 pág.12 – editora ICP
Revista Defesa da Fé No 71 pág 12 – editora ICP
Dicionário Luft – editora Ática
Dicionário eletrônico Michaelis-UOL
Bíblia eletrônica Online 3.0 – edição SBB
Bíblia Apologética – editora ICP